v. 6 n. 1 (2025): Educação: Saberes e Práticas Psicopedagógicas

Prezados leitores
Ficamos muito honrados com o convite para apresentarmos a obra Educação: Saberes e Práticas Psicopedagógicas, que nasceu em 2024, no Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro, no Curso de Pós-graduação em Psicopedagogia, que possui longa tradição e já formou muitos profissionais, de várias áreas do conhecimento.
O desenvolvimento da ideia aconteceu no Grupo de Estudos e Pesquisas, GEPE, cujo líder é o Professor Pós-doutor Márcio A. Masella, um dos organizadores desta obra. Parabenizamos e valorizamos os organizadores e os autores que se empenharam em colocar suas ideias no papel e se revelaram.
Estudar Psicopedagogia é fundamental para todos os educadores, é um curso que destaca o tempo de aprendizado de cada pessoa e as metodologias que poderão ser aplicadas para cada necessidade, independentemente de idade, escolaridade, local. Ela é desafiadora, porque possibilita aos Psicopedagogos a oportunidade de colocar em evidência, em sua atuação, o seu próprio repertório, além de analisar os contextos, seja na questão profissional, na escola, no ambiente hospitalar ou familiar.
Posicionar-se sobre os casos ocorridos, requer uma escuta primorosa, apurada, para atender, realizar diagnósticos, que auxiliarão as angústias dos que sofrem na aprendizagem, na adaptação, na adequação, na avaliação, na recuperação de doenças e até mesmo no campo profissional.
A família é um ponto importante, embora ela tenha passado por diferentes arranjos, há ainda a necessidade de mantê-la unida e integrada, embora essa tarefa não seja fácil. Muitas vezes há uma negação da família em relação aos problemas de aprendizagem existentes nela. Quando aceitam um profissional para avaliar essas questões, o Psicopedagogo entra em cena, para, após a análise do caso, atuar intervir, orientar, criar técnicas para auxiliar na aprendizagem.
Para os que estão internados nos hospitais, o Psicopedagogo também é atuante. Normalmente, nesses ambientes, há equipes multidisciplinares e ele também faz parte e será chamado para, dependendo da idade, auxiliar na aprendizagem, na motivação intelectual do paciente.
Nosso campo de estudos é o ambiente educacional e compreendemos que é nele que muitos problemas são criados e devem ser solucionados. Temos de ter o discernimento de avaliar diferentemente as situações e orientar os professores para um olhar diferenciado para perceber, acolher as diferenças.
As escolas não deveriam fechar os olhos aos problemas individuais. Qualquer comportamento diferenciado é sinal de alerta de que algo está se manifestando.
Na Universidade não é diferente, alunos que não superaram suas dificuldades nos anos anteriores, desabam em frustrações para conseguir dar conta dos conhecimentos a serem adquiridos.
Quando os problemas são detectados, o socorro pode ser imediato e as avaliações podem ser individualizadas, para que os alunos possam ser respeitados em suas dificuldades. O professor tem o papel fundamental na inclusão, porque quando ele aprende a ensinar, o sujeito é levado a aprender com metodologias específicas.
Segundo a Professora Dra. Nádia A. Bossa inclusão é respeitar os recursos que cada sujeito tem para aprender e para isso é necessário utilizar-se de ferramentas para entender como o sujeito aprende e criar estratégias para sua aprendizagem.
Acreditamos na importância do Psicopedagogo em nossa sociedade, em várias áreas de atuação. Ele pesquisa, interage com o ambiente, com as pessoas, com a família e utiliza metodologias que transformarão o aprendizado, que mudarão realidades e respeitarão as individualidades. Ele entende, que cada sujeito tem sua história, e, no processo de aprendizagem, terá de oferecer recursos para amenizar situações fáceis ou mais complicadas.
Todos, independentemente da idade, terão a chance de aprender coisas novas e superar obstáculos. Esse é o desafio da Psicopedagogia. Esse é o desafio desta obra.
Professora Pós-doc. Ana Maria Ramos Sanchez Varella
Professor Dr. Jerley Pereira da Silva