v. 2 n. 1 (2021): Educação, pesquisa e formação em um momento de pandemia.

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Caro Leitor

Lembramos a você, leitor, que no ano de 2020, os dois números da Revista EDUCAFOCO tiveram um único objetivo: Revisitar o passado. Ambas disponíveis no http://educafoco.italo.br.

No volume 1, número 1 revisita ao passado e apresentou o Centro Universitário Ítalo Brasileiro, cujo objetivo foi enfatizar sua trajetória e importância na Educação, história e pesquisa. Um dos pontos fortes e emocionantes foi resgatar o desejo e encaminhamento de três gerações no comando da Instituição. Em relação à pesquisa, reconhecemos no FIQUE e em seus pesquisadores e convidados a dedicação aos estudos que deixaram resultados de pesquisas inovadoras, no Centro Universitário Ítalo Brasileiro.

No volume 1, número 2 revisita ao passado e questionou a Interdisciplinaridade na formação dos profissionais.

Qual a importância da Interdisciplinaridade na formação, contribuição de seus mais renomados estudiosos, com destaque às práticas diferenciadas e projetos interdisciplinares inovadores?

Para este volume 2, número 1, nosso tema é:

Educação, pesquisa e formação em um momento de pandemia.

Como está a Educação nesses 2 anos de pandemia?

Quais atividades podem ser desenvolvidas nesse momento?

Estamos em 2021, mês de junho. Desde janeiro de 2020, estamos vivendo em um momento drástico de uma pandemia que ainda não se sabe como ela foi iniciada. São muitos questionamentos se vieram pelas importações em carnes congeladas, se o vírus foi produzido em laboratório...são apenas suposições sem nenhuma comprovação científica.

O que se tem certeza de que o primeiro caso da pandemia causada pelo novo coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em Wuhan, na China, em dezembro de 2020. Cientistas perguntam se não foi acidente de laboratório, porém, estão mais preocupados em tratar as pessoas, porque a doença tem de ser tratada o mais rápido possível, para conter a inflamação. Por ter diferentes cepas, elas se espalham rapidamente.

O que temos certeza de que essa pandemia já gerou para o Brasil, a categoria de segundo país do mundo com população acima de 20 milhões de habitantes com mais mortes por covid-19 por milhão, o chamado coeficiente de mortalidade ou simplesmente mortalidade. Já morreram no Brasil, até esta data de encerramento desta edição, mais de 500.000 pessoas e no mundo mais de 3 milhões, o que aumenta a cada dia mais crise de medo e de angústia, porque muitos vacinados também morrem. No Brasil, mais de 47 milhões de pessoas já foram vacinadas, mas o medo continua.

Tudo mudou, a economia sofrendo pelas decisões dos governantes fechando tudo em nome de salvar vidas. Nada provado também.  O que temos é uma crise em diferentes setores, todos estão sendo prejudicados.

Algo foi fundamental a família teve de se unir, voltaram a se cuidar e tiveram de se reconhecer, crises aconteceram e muitos casais não se suportaram, porque as diferenças foram escancaradas. Filhos descuidados e largados, antes em “full time” nas escolas ou cuidados por auxiliares do lar, tiveram de aprender a conviver mais com seus pais e vice-versa. Muitos pais descobriram filhos sem limite e com alto índice de falta de educação básica, perceberam que educação se inicia em casa e a escola não pode ficar com essa responsabilidade sozinha.

Professores tiveram de dividir suas falas com os pais...e a lacuna da educação aumentou, quem não estava ligado à tecnologia por falta de dinheiro do antes teve a situação piorada.

As crianças foram muito prejudicadas, principalmente em fase de alfabetização. Precisam ser monitoradas em suas escritas e leituras, embora tenham facilidade em entender o mundo digital. É diferente a atenção a um joguinho e atenção plena ao que está sendo ensinado. Desespero total dos pais que veem seus filhos desestimulados. O que fez aumentar a possibilidade de "homeschooling"? Talvez seja a saída, já que berçários e escolas infantis além de caras não estão atendendo aos que os pais precisam e desejam.

Sem contar que professores universitários perderam seus empregos, porque um professor atende a mais de 800 alunos em uma aula aberta, ao vivo.

Outros professores estão vivenciando a doença do “Horror ao computador”. Não aguentam ficar expostos ali, sendo maltratados por estudantes deseducados, que não mostram seus rostos. Uma tragédia da modernidade pandêmica?  

E as outras profissões? O que se espera delas daqui para a frente? Quantas sucumbirão? Quais caminhos enfrentarão esses mesmos estudantes que são corajosos escondidos, quando tiverem que se deparar com a presença de si mesmos no campo físico?

Este tema da EDUCAFOCO terá muitos desmembramentos. Ainda é cedo para encerrarmos esse assunto, porque a pandemia não acabou nem no Brasil e nem no mundo. A incerteza ainda paira no ar, mais variantes estão chegando.

 

Profa. Pós-doutora Ana Maria Ramos Sanchez Varella

Prof. Dr. Jerley Pereira da Silva

Publicado: 2024-03-28

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